quarta-feira, 20 de junho de 2007

Internacionalização da Amazônia

Amazônia - trust internacional ?

Assim o ministro britânico de meio ambiente, David Miliband, declarou a notícia publicada domingo no jornal inglês Daily Telegraph de que o governo da Grã-Bretanha teria interesse em elaborar um fundo internacinal para financiar a Amazônia. A publicação causou mal estar na delegação brasileira que participa da 2ª Reunião Ministerial do Diálogo de Gleneagles sobre Mudança do Clima, Energia Limpa e Desenvolvimento Sustentável, com a presença de países membros do G8 mais Brasil, China, Índia e África do Sul.
De acordo com o peridódico inglês a intenção do governo britâncio seria compor a floresta e transformá-la num trust internacional (responsabilidade de todos os países, e não apenas do Brasil). Suas árvores seriam vendidas a grupos e indivíduos - como o multimilionário sueco Johan Eliasch, que, segundo a reportagem, comprou no início do ano mais de 160 mil hectares da floresta por 8 milhões de Libras (R$ 32,5 milhões).
Ainda segundo o Daily Telegraph, David Miliband admite que o projeto poderia causar 'problemas de soberania' ao Brasil, cujo território está a maior parte da Amazônia. Durante o primeiro dia do encontro, a delegação inglesa não fez nenhum tipo de anúncio sobre a suposta intenção. A delegação brasileira também dizia não saber de nada.
Finalmente na tarde de ontem, o secretário-executivo do Meio Ambiente, Cláudio Langone, chefe da delegação brasileira, foi procurado informalmente pelo ministro Miliband para desfazer o que chamou de mal-entendido. O britânico assegurou que a imprensa inglesa distorceu suas idéias e que nunca se falou em privatização da floresta amazônica.
Segundo o secretário brasileiro, Miliband disse ofender todas as iniciativas para a redução do desmatamento e emissão de gases que causam o efeito estufa. E reiterou que não faria nenhum tipo de proposta que ferisse a soberania brasileira e sobre a Amazônia.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva apresentou ao ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, a proposta brasileira para que os países que diminuíram o desmatamento, como o Brasil, recebam incentivo financeiro dos países ricos. A ministra, no entanto, afirmou que o Brasil não aceitará a idéia apresentada no Reino Unido de que parte da Amazônia seja vendida para grupos que possam preservá-la. A ministra disse que a Amazônia não está a venda. O Brasil quer o apoio de Gore para aprovar o projeto de Lei na 12ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, em novembro, em Nairobi, no Quênia.

- trabalho sobre internacionalização, da Ana Carolina Zöllner n° 2.
- postado por Suu :]



Durante debate recente em uma Universidade, nos Estados Unidos,
o ex-governador do Distrito Federal e ex-Ministro da Educação, Senador Cristovam Buarque, foi
questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo
que esperava a resposta de um humanista
e não de um brasileiro.

Segundo Cristóvão, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como
o ponto de partida para a sua resposta:

" De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria
contra a internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o
devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

Como humanista, sentindo o risco da degradação
ambiental que sofre a Amazônia,
posso imaginar a sua internacionalização,
como também de tudo o mais que tem
importância para a Humanidade.



Se a Amazônia, sob uma óptica humanista,
deve ser internacionalizada, internacionalizemos
também as reservas de petróleo do mundo inteiro.
O petróleo é tão importante para o bem-estar
da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.
Apesar disso, os donos das reservas sentem-se
no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo
e subir ou não o seu preço.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos
deveria ser internacionalizado.
Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos,
ela não pode ser queimada pela vontade de um dono,
ou de um País.

Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego
provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na
volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo.
O Louvre não deve pertencer apenas a França.
Cada museu do mundo é guardião das mais
belas peças produzidas pelo gênio humano.
Não se pode deixar esse patrimônio cultural,
como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado
e destruído pelo gosto de um
proprietário ou de um País.

Não faz muito, um milionário japonês,
decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre.
Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante este encontro, as Nações Unidas
estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns
presidentes de países tiveram dificuldades em
comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.

Por isso, eu acho que Nova York, como sede das
Nações Unidas, deve ser internacionalizada.
Pelo menos Manhatan deveria pertencer
a toda a Humanidade.
Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres,
Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade,
com sua beleza específica, sua história do mundo,
deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia,
pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais
nucleares dos EUA.
Até porque eles já demonstraram que são capazes
de usar essas armas, provocando uma destruição
milhares de vezes maior do que as lamentáveis
queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência
dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar a
s reservas florestais do mundo em troca da dívida.

Comecemos usando essa dívida para garantir
que cada criança do mundo tenha possibilidade
de COMER e de ir a escola.
Internacionalizemos as Crianças tratando-as,
todas elas, não importando o país onde nasceram,
como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
Ainda mais do que merece a Amazônia.

Quando os dirigentes tratarem as crianças
pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade,
eles não deixarão que elas trabalhem quando
deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização
do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar
como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa.
Só nossa ! "

3 comentários:

Unknown disse...

Eu corcordo que nós devemos defender a nossa Amazônia e que se ela deve ser internacionalizada então os museus e os arsenais nucleares devem também ser internacionalizadas.
O conteúdo está muito interessante e eu estou em pleno acordo com as opiniões do blog do 9B.

Patrick e André

Unknown disse...

Eu sou contra a internacionalização pois a Amazônia é nossa e ninguém tira.Eu acho que o que o Cristóvão Buarque falou é certo pois se a Amazônia for intercionalizada,todas as coisas boas também devem ser.

Comentado por:
Silvana* =]

Felipe disse...

Eu concordo com os comentários e opiniões citada no texto.

Eu acho que se a Amazônia deve ser internacionalizada então os museus e reservas de petróleo por exemplo também devem ser internacionalizadas.

Felipe e Victor