quinta-feira, 21 de junho de 2007

Controle de território

Hoje em dia, o ambiente internacional tem influência decisiva sobre o futuro da Amazônia. São essenciais temas como a presença militar americana na região, a militarização do combate à droga e a internacionalização de conflitos internos dos estados que fazem fronteiras com o Brasil.
O habitante do Sudeste tende a considerar a população e o território brasileiro como um tesouro, fácil de explora.Em geral, não tem consciência das vantagens de um território continental nem de uma grande população.
A Amazônia corresponde a sessenta por cento do território terrestre brasileiro, cerca de cinco milhões de quilômetros quadrados, enquanto é habitada por apenas cerca de onze por cento da população brasileira, que se concentram em dois centros urbanos, Belém e Manaus. Na Amazônia se encontram a mais extensa floresta tropical do mundo, a maior biodiversidade do planeta, o maior estoque de água doce, e recursos minerais. Ainda que em sua enorme maioria desconhecidos com precisão, pois apenas dez por cento do território amazônico foi mapeado geologicamente.
Na Amazônia se encontram 13.190 quilômetros de fronteira terrestre do Brasil, oitenta e cinco por cento do total das fronteiras brasileiras, que são nossos limites com seis países sul-americanos e com a França.
De seu lado, o Nordeste corresponde à mais antiga região habitada do território brasileiro onde vivem e sobrevivem, em condições de pobreza crônica, no semi-árido e em periferias urbanas miseráveis, cerca de vinte e dois por cento do povo brasileiro, em um território de dois milhões de quilômetros quadrados, cerca de 25% do território nacional, com um regime climático em grande parte semi-árido e com grande irregularidade pluvial, mas para cujos desafios há soluções menos complexas, inclusive pela ausência de interface com outros países.
Assim, apesar de todas as dificuldades da organização econômica do Nordeste, enfrentar o desafio amazônico talvez seja o mais complexo e mais urgente desafio para o Estado brasileiro e o desafio mais decisivo para o futuro da sociedade brasileira. Deveria, por isto, receber a atenção prioritária que não tem recebido.

16/maio/07 (AER) - Enquanto o Brasil se debate em meio a um virtual "apagão" do Estado nacional, o governo dos Estados Unidos, por intermédio da sua Agência de Desenvolvimento Internacional (USAID), delineia um "plano estratégico" para a ocupação efetiva de áreas críticas da Amazônia, onde a presença soberana dos Estados nacionais que compartilham a região é precária. A estratégia integra uma nova etapa do processo de "internacionalização" da Amazônia, subseqüente à já consolidada fase de demarcação de vastas reservas naturais e indígenas na região, em proporções muito superiores às recomendadas pelos interesses nacionais. Apenas no Brasil, as reservas indígenas ocupam quase 1,1 milhão de quilômetros quadrados, cerca de 13 % do território nacional, para pouco mais de 400 mil indígenas. Para comparação, toda a Região Sudeste, a mais populosa do País, com mais de 75 milhões de habitantes, não chega a 928 mil quilômetros quadrados.
Aproximadamente a metade dessa área está destinada a unidades de conservação biológica ou ambiental. Situações semelhantes ocorrem no Peru, Bolívia e Equador.
Lançada em junho de 2005 pela USAID, a Iniciativa para Conservação da Bacia Amazônica (ABCI, na sigla em inglês) não oculta o propósito de coordenar as ações de diversos grupos ambientalistas e indigenistas nacionais e estrangeiros, provendo-os dos recursos e instrumentos de "governança ambiental" para o controle efetivo da região. A intenção é recrutar povos indígenas, "populações tradicionais" e ONGs nacionais e estrangeiras, para criar uma rede que em nada difere de um exército de ocupação pós-moderno a serviço de um esquema de "governo mundial" controlado por grupos hegemônicos do Establishmen anglo-americano. Neste contexto, a ação da USAID vem reforçar financeiramente as intensas atividades de ONGs como o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), Survival Internacional, Conservation International, The Nature Conservancy e outras, financiadas tanto pela USAID como por agências governamentais do Canadá, Reino Unido, Holanda e outros países europeus, além de fundações familiares do Establishmen.

- Aluno: Ivan Seki (nº 8) e Jackeline (nº9)
- Postado por: Luciana*

4 comentários:

Unknown disse...

O conteúdo do controle de território está muito interessante pois a amazônia corresponde a 60% do território brasileiro,com apenas duas cidades urbanas(Manáus e Belém).

Patrick

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
William disse...

Eu não sabia que no Brasil as reservas índigenas ocupa 1,1 milhão de quilometros quadrdos por isso gostei desse tema.

William e Patrick

Unknown disse...

Realmente, a Amazônia é um tesouro do Brasil, tem a maior floresta tropical do mundo, a maior biodiversidade do mundo, não podemos vende-la para outros paises estrangeiros como os EUA que dizem que a Amazônia é deles, mas não é.
Temos que preserva-la!
E é muito importante a participação do governo e do povo para essa luta!