quinta-feira, 21 de junho de 2007

Ocupação da Amazônia

A Amazônia é a maior região florestal e hidrográfica do mundo. Ocupa grande parte do hemisfério setentrional da América do Sul. Estende-se das margens do Oceano Atlântico no leste, até o sopé da Cordilheira dos Andes no oeste. Espalha-se pelas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia, perfazendo mais de 6 milhões de km2. O vale amazonense é, ao sul, ainda abastecido pelos rios que descem do Planalto Central brasileiro e dos que vêm da região das Guianas ao norte, e pelos filetes de água gelada que se desprendem da "corcova andina", fazendo com que termine por assumir - como constatou o geólogo americano C.F. Marbut, que visitou-o em 1923 -, a forma de um leque, pelo qual escorre 1/5 da água doce do planeta. O ensaísta nortista Raymundo Moraes, por sua vez, considerou-o semelhante a um anfiteatro, o "anfiteatro amazonense".



Devido a sua inacessibilidade, insalubridade e as dificuldades para explorá-la economicamente, a Amazônia é uma das áreas mais subpovoadas do globo. É um Deserto Verde, pertencente a uma época em que a Terra ainda amanhecia, abrigando uma das populações mais primitivas - o homem neolítico em estado puro. Para outros, como Pedro de Rates Hanequim, que viveu por mais de vinte anos no Brasil, havia sido a morada de Adão e onde se encontrava a Árvore da Vida. Tanta certeza tinha ele de ter habitado o Paraíso Terrestre - sendo o Amazonas o maior rio do Éden - que, ao voltar a Portugal, deixou-se processar e executar - "afogado e queimado" - em 1744, por ordem de um Tribunal do Santo Ofício pelo crime de heresia e apostasia, sem jamais ter pedido clemência.

Os diversos governos, brasileiros e vizinhos, até hoje procuram integrá-la promovendo sua ocupação, tanto por garimpeiros, por extrativistas, por sertanejos, criadores de gado ou empresas de mineração. O resultado disso representa as intensas queimadas, ou coivaras, antigo método indígena de limpar o terreno para a lavoura. Do Mato Grosso a Roraima a fumaça toma conta dos ares e, por vezes, isto escapa completamente do controle. Este é um dos temores do ecólogo Robert Goodland e do botânico Howard Irwin de que "o inferno verde torne-se um deserto vermelho", conforme o subtítulo do livro deles.


O destino da Amazônia - "pulmão do mundo" - portanto, têm preocupado as mais diversas instituições, tanto a ONU como as organizações não-governamentais ambientalistas, que temem a qualquer hora um desastre irreversível. O governo brasileiro sofre pressões de todos os lados para tentar coibir a ocupação predatória, ao mesmo tempo em que é politicamente constrangido pelos interesses internos para que propicie vantagens, isenções e benefícios a grupos, empresas ou classes, para acelerar a sua exploração econômica. Nesta tensão entre os apelos internacionais e a satisfação das necessidades locais de crescimento, Brasília vai alternando, nos anos, suas políticas para a região.

- Aluna: Luisa Fedato, nº 16
- Postado por: Luciana!*

Povos Indígenas da Amazônia

A população indígena da Amazônia é dividida em 6 troncos lingüisticos: Tupi, Karib, Tukano, Jê, Pano e Aruaque. As tribos habitantes do Acre são principalmente dos troncos Pano e Aruaque. Ao Pano pertencem os Kaxinawás, Yawanawás, Poyanawás, Jaminawás, Nukuinis, Araras e Kaxararis. Ao tronco Aruaque pertencem os Kulinas e os Kampas. Também são habitantes na área atual do Acre os Katukinas, os Machineris e alguns grupos isolados sem contato. Os Indios vivem da caça, pesca, agricultura e do extrativismo. Eles plantam mandioca, milho, algodão, tabaco e vários frutos. Nas comunidades existem os curandeiros chamados "pajés" que transmitem seu conhecimento sobre rituais e plantas medicinais oralmente aos seus sucessores. Os rituais de alguns povos indígenas na área do Acre são acompanhados com a ingestão da "Ayahuasca" ou "Yagé", uma bebida alucinógena feito de certos cipós e folhas. O pensamento da sociedade indígena é bastante diferente: geralmente não existe o mesmo conceito de propriedade como no mundo "desenvolvido". Estas e outras diferenças da mentalidade indígena levaram a muitos preconceitos contra os índios, como se eles fossem mentirosos e não confiáveis. Estes preconceitos sempre serviram como justificativa para a discriminação e extinção dos índios.



- Aluna: Luciana Kliemann, nº 15
- Pstado por: Luciana*¨*

fonte: http://www.amazonlink.org/ACRE/amazonas/seringueiros/indigenous.htm

Integração Nacional



O território amazônico representa uma grande parte do território brasileiro. Ocupa uma grande parte da região norte e apresenta uma grande biodiversidade. Este território abrange mananciais de água pura, florestas magníficas, animais de diversas espécies e civilizações indígenas riquíssimas culturalmente. Essas civilizações encontravam-se muito distantes (em termos culturais e físicos) da população urbana do país. A cada dia que passa essas culturas divergentes estão cada vez mais próximas, e isso é decorrente ,por exemplo, dos meios de comunicação cada vez mais desenvolvidos, "bandeirantes" atuais que procuram levar a cultura brasileira aos extremos do país e a conscientização da população.

- Para promover a integração nacional e a estruturação de uma sociedade mais justa, o Governo Federal, por meio do Ministério da Integração Nacional, coloca em prática ações que buscam o desenvolvimento econômico, social, includente e sustentável e a redução das desigualdades regionais. O ponto central dessa estratégia de atuação é valorizar a magnífica diversidade ambiental, socio-econômica e cultural do País -.

Nos dias de hoje, o governo aplica várias teses e leis para integrar a Amazônia ao território brasileiro e a cada dia que passa essa integração entre culturas, estilos de vida, políticas e princincipalmente economica é maior.

- Alunos:
Luciana Kliemann, nº15
Lucas de Jesus, nº 14
Sumaya Ghaffar, nº 21

- Postado por: Luciana*¨*

Biopirataria - A exploração dos produtos naturais da Amazônia

* Alguns registros de patentes e marcas recentes, pouco conhecidos, como Cupuaçu, Açaí, Andiroba e Copaíba consideradas preocupantes aos impactos negativos tanto para as comunidades tradicionais que querem comercializar seus produtos, quanto para as propostas de políticas públicas da região Amazônica. O caso da patente da Ayahuasca, vem ofendendo a identidade cultural de comunidades indígenas dessa região.
* Construir e fortalecer alianças na luta contra a apropriação e monopolização de conhecimentos e produtos de comunidades agroextrativistas e indígenas, como a exploração colonialista da diversidade biológica da Amazônia.
* Trazer mais clareza ao assunto da biopirataria, que se vai desde vagas suspeitas até teorias de conspiração, precisando de informações idôneas e com objetividade.




- Imagens: Cupuaçu e Açaí
- Aluna: Catalina, nº3*
- Postado Por: Luciana!

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O Brasil hoje defende a preservação do patrimônio natural. A área mais cobiçada é a Amazônia, com sua grande biodiversidade que infelizmente tem olhar lucrativo aos estrangeiros. O Brasil prevê uma exploração equilibrada e responsável através de leis que protejam o patrimônio estimado em aproximadamente dois trilhões de dólares.

A biopirataria é o contrabando de diversas formas de vida da flora e fauna. Além da extinção de várias espécies que conhecemos e outras que nunca iremos conhecer, a lista de perigo de extinção é bastante longa. O desmatamento, as queimadas e a exploração agressiva do homem, diminui as chances de sobrevivência de muitos bichos, além de exterminar com a flora, o solo e o que esta abaixo dele.



- Aluna: Paula Lopes, nº18
- Postado por: Luciana **


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A biopirataria não é apenas o contrabando de diversas formas de vida da flora e fauna mas principalmente, a apropriação e monopolização dos conhecimentos das populações tradicionais no que se refere ao uso dos recursos naturais. Ainda existe o fato de que estas populações estão perdendo o controle sobre esses recursos. No entanto, esta situação não é nova na Amazônia.
Este conhecimento, portanto, é coletivo, e não simplesmente uma mercadoria que se pode comercializar como qualquer objeto no mercado.
Porém, nos últimos anos, através do avanço da biotecnologia, da facilidade de se registrar marcas e patentes em âmbito internacional, bem como dos acordos internacionais sobre propriedade intelectual, tais como TRIPs*, as possibilidades de tal exploração se multiplicaram.
No entanto, existem também esforços para reverter este quadro:
• Em 1992, durante a ECO-92 no Rio de Janeiro, foi assinado a Convenção da Diversidade Biológica que visa, entre outros, a regulamentação do acesso aos recursos biológicos e a repartição dos benefícios oriundos da comercialização desses recursos para as comunidades.
• Em 1995, a Senadora Marina Silva (a partir de 2003, Ministra de Meio Ambiente do Brasil) apresentou um projeto de lei para criar mecanismos legais para por em pratica as providências da Convenção da Diversidade Biológica.
• Em Dezembro 2001, Pajés de diferentes comunidades indígenas do Brasil formularam a carta de São Luis do Maranhão, um importante documento para OMPI (Organização Mundial de Propriedade Intelectual da ONU), questionando frontalmente toda forma de patenteamento que derive de acessos a conhecimentos tradicionais.
• Em maio de 2002, dez anos após a Eco 92, houve em Rio Branco - Acre, o workshop "Cultivando Diversidade". O evento foi realizado pela ONG internacional GRAIN (Ação Internacional pelos Recursos Genéticos) em parceria com o GTA-Acre. Participaram deste evento mais de 100 representantes de agricultores, pescadores, povos indígenas, extrativistas, artesãos e ONGs de 32 países da Ásia, África e América Latina, os quais formularam o "Compromisso de Rio Branco", alertando sobre a ameaça da biopirataria e requerendo, entre outros, que patenteamento de seres vivos e qualquer forma de propriedade intelectual sobre a biodiversidade e o conhecimento tradicional sejam banidos.
Entretanto, estes esforços parecem tímidos quando comparados à ganância dos especuladores e das empresas multinacionais que vêm cada vez mais se apossando, de maneira indecente, das riquezas da Amazônia.


*O que é biopirataria?

O termo "biopirataria foi lançado em 1993 pela ONG RAFI (hoje ETC-Group) para alertar sobre o fato que recursos biológicos e conhecimento indígena estavam sendo apanhados e patenteados por empresas multinacionais e instituições científicas e que as comunidades que durante séculos usam estes recursos e geraram estes conhecimentos, não estão participando nos lucros.
De modo geral, biopirataria significa a apropriação de conhecimento e de recursos genéticos de comunidades de agricultores e comunidades indígenas por indivíduos ou por instituições que procuram o controle exclusivo do monopólio sobre estes recursos e conhecimentos.
Por enquanto, ainda não existe uma definição padrão sobre o termo biopirataria (baseado no relatório final da Comissão sobre direitos de propriedade intelectual - CIPR).

*TRIPS significa Tratado Sobre Direitos de Propriedade Intelectual Relacionado ao Comércio Internacional. Este acordo da Organização Mundial do Comércio (OMC) de 1995 permite praticamente a globalização de patentes. O TRIPS garante às empresas o direito de proteger suas patentes em todos os países membros do OMC - atualmente 142.

- Alunos: Ivan Seki (nº8) e Jackeline (nº9)
- Postado por: Luciana

Narcotráfico

Diante das dificuldades da polícia em reprimir o narcotráfico, é comum ouvir opiniões segundo as quais as Forças Armadas poderiam engajar-se em seu combate, especialmente na fronteira. Os militares são unânimes em rejeitar esse encargo. “Não somos polícia”, repetem. Militares são treinados para matar o inimigo e destruir alvos, em linhas de confronto reconhecíveis; não para investigar e prender.
Não se sentem, igualmente, preparados para fazer frente à “contaminação” pelo dinheiro do narcotráfico, que chegou a corromper um general e toda sua cadeia de comando no México – exemplo muito citado. Os militares se julgam mais vulneráveis à corrupção do que os policiais. Um sub-oficial ganha bem menos do que um investigador civil ou agente federal. E militares não estão preparados para o contato com criminosos e com as grandes quantias que eles manejam. As Forças Armadas, quando solicitadas, dão apoio logístico a operações policiais na fronteira e,
ainda assim, dentro do que julgam suas possibilidades.
A infiltração do narcotráfico na política do Norte do país somada às guerrilhas dos países vizinhos gerou preocupação e atenção às fronteiras amazônicas. Boa parte da imprensa tratou o assunto como de soberania nacional, especialmente na cobertura da presença dos Estados Unidos no combate ao tráfico nas fronteiras. Alguns jornais escancaram assumida fobia à uma suposta intervenção e posterior hegemonia americana na América do Sul, numa espécie de ficção político-estratégica militar.


Notícia:

Polícia Federal descobre fábricas de cocaína das Farc no Brasil


Um documento elaborado pela Operação Cobra (sigla para Colômbia-Brasil) da Polícia Federal, encarregada de desarticular o narcotráfico na fronteira da Amazônia brasileira, identifica bases de produção de cocaína sob o domínio das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

A identificação das bases pertencentes as Farc consta no primeiro relatório da Operação Cobra, ao qual a Agência Folha teve acesso com exclusividade, e que foi divulgado reservadamente no dia 29 de setembro último para os órgãos de segurança nacional do Brasil, Colômbia e Estados Unidos, incluindo a DEA, a agência federal antidrogas americana.

Chamadas de complexos [conjunto de laboratórios de refino], as bases produzem mensalmente, segundo o relatório, cerca de 45 toneladas do cloridrato de cocaína. A droga partiria em aviões de pistas clandestinas na Colômbia para Europa e os Estados Unidos e até para o Brasil.

"Não temos mais dúvidas das relações das Farc com o narcotráfico. A guerrilha tem o comando das drogas e isso é uma ameaça para a fronteira brasileira", afirma o delegado Mauro Spósito, coordenador da Operação Cobra.

-*- Outra Notícia:(de Daniel Ramos)

Obras na Amazônia podem acelerar aquecimento global, alerta pesquisador - 19/06/2007

Wellton Máximo

A execução de obras de infra-estrutura no norte e no oeste da Amazônia deve aumentar o desmatamento na floresta e contribuir para piorar o aquecimento global. O alerta foi dado hoje (19) pelo pesquisador Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), durante debate na sede do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) sobre as conseqüências das mudanças climáticas na economia.
O pesquisador destacou que empreendimentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – como a BR-319, que ligará o Acre ao Peru, e as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira – vão atrair um grande contingente populacional e estimular a agricultura e a pecuária na região. “Isso vai ampliar o chamado Arco do Desmatamento, que hoje abrange o Mato Grosso, ao sul do Pará e parte de Rondônia”, explicou.
Somente as obras das usinas do Rio Madeira, em Rondônia, segundo Fearnside, deverão levar 40 mil pessoas para trabalhar no estado: “Depois do fim da construção, esse contingente vai migrar para Porto Velho e, de lá, para o sul do Amazonas e o Acre, o que certamente resultará na expansão do desmatamento”.
Para o pesquisador, os efeitos podem ser trágicos não apenas sobre a Amazônia, mas sobre todo o planeta, porque o desmatamento é responsável pela maior parte da emissão de gás carbônico no país: “Atualmente, 75% do gás carbônico emitido pelo Brasil vêm do desflorestamento”.
Durante o dia, os vegetais absorvem gás carbônico e liberam oxigênio; com a derrubada de árvores, o gás carbônico deixa de ser absorvido, o que na prática equivale a uma nova emissão, explicou Fearnside, acrescentando que a Amazônia ainda consegue reter boa parte do gás carbônico, mas essa capacidade está se esgotando. Para ele, "as chances de as emissões terem superado o limite de resistência da Amazônia estão entre 15% e 60%”.
No debate, o pesquisador apresentou ainda previsões internacionais que mostram os efeitos do aquecimento global sobre a Amazônia: até 2100, a temperatura média na região deve subir entre 3,3 graus e 5,5 graus, o que trará conseqüências devastadoras sobre a maior floresta tropical do planeta. “Os modelos são divergentes em alguns pontos, mas eles apontam para o aumento da temperatura e a transformação da floresta em savana”, advertiu.
A partir de 2050, lembrou, existe o risco de o solo da Amazônia se salinizar e as árvores começarem a ser substituídas pelas gramíneas. Ele explicou que “com o aumento da temperatura, as árvores absorvem mais água, o que reduz as chuvas na região”. E que se as emissões de gás carbônico continuarem a crescer nos níveis atuais, em 2080 grande parte da floresta terá desaparecido.
Um dos modelos exibidos pelo pesquisador indicou que apenas o oeste do Amazonas e uma área que cobriria a Colômbia, o Equador e o nordeste do Peru manteriam as características originais da vegetação amazônica.
Atualmente, de acordo com o especialista, a proporção de gás carbônico na atmosfera é de 383 partes por milhão. “Antes da Revolução Industrial, no século 18, esse índice era de 280 partes por milhão, o que mostra um crescimento assustador, principalmente no último século”, ressaltou.


- Alunos:Amanda P. C. da Silva n° 1
Daniel Ramos n° 5
Vivian Tobal n°24
- Postado por: Lucii*

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Na avaliação do peso específico dado a cada tema nacional, a Amazônia é o de maior apelo. Nela, interagem conceitos caros aos militares, como soberania, presença e operacionalidade. Boa parte dos que chegam ao generalato viveu na Amazônia. “A importância da Amazônia é incutida na gente desde o dia em que entramos no Exército”, explica um coronel.
“A Amazônia é hoje a grande hipótese de conflito”, reconhece um instrutor de majores e tenentes-coronéis nos jogos de guerra da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica. Os jogos, porém, ainda se concentram no Sul–Sudeste, porque são considerados teatros mais ricos para o Exército e a Marinha do que a selva amazônica.
Até a década passada, antes da criação do Mercosul, o Brasil centrava suas preocupações estratégicas no Cone Sul. Um simples fato apontado por um capitão-de-mar-e-guerra exprime o alcance da atual distensão: recentemente, o ministro da Marinha da Argentina entregou ao seu colega brasileiro o Plano Estratégico da esquadra argentina.
A Amazônia representa metade do território brasileiro. Os militares recorrem não só às informações disponíveis, mas também a suas experiências pessoais, para falar dos enormes recursos – incluindo muitos minérios – guardados pela selva. Advertem que a fronteira
desguarnecida torna o Estado brasileiro vulnerável, não só a invasões, no sentido clássico do termo, mas, sobretudo, ao potencial desestabilizador de ações de origem externa envolvendo narcotráfico, garimpo, associação com os índios, incêndios provocados e outras agressões à ecologia.
Soberania – “Se alguém quiser fazer cair os títulos brasileiros no mercado internacional”, exemplifica um ex-ministro militar, “basta explorar um ou mais desses focos de desestabilização.” Uma catástrofe ambiental na Amazônia propiciaria uma mobilização internacional e
abriria caminho para pressões em favor de intervenção externa, sob o argumento de que o Brasil não é capaz de cuidar da região. A soberania sobre a Amazônia estaria, então, em questão.
Os militares vêem com grande preocupação a atuação de organizações não-governamentais, principalmente as que têm matrizes no exterior, empenhadas em criticar continuamente a atuação do governo brasileiro na Amazônia; e também as missões religiosas, que atuam em reservas
indígenas e biológicas, entrando e saindo com suas avionetas, sem nenhum controle do Estado brasileiro sobre o que levam e trazem. Para os militares, a grande resposta a essas ameaças é o Sistema de Vigilância da Amazônia.
O Exército prevê uma intensificação do movimento na fronteira noroeste e oeste, com o avanço da eletrificação e a construção do gasoduto Brasil-Bolívia. “É uma área que vai explodir, não temos dúvida, nos próximos 10 ou 15 anos”, diz uma autoridade militar, citando o Acre como foco. “Vão começar a aparecer indústrias subsidiárias, problemas de segurança e de travessia de fronteiras”, continua. “Pode-se reproduzir ali, se não for controlado, o problema que temos hoje nas três
fronteiras do Sul”, completa, referindo-se ao contrabando do Paraguai.

- Aluno: Felipe, nº 7
- Postado por: Luciana**

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O traficante

É o tipo mais perigoso que existe, entre os indivíduos ligados às drogas. Através de sua atuação, o vício difunde-se, deteriorando o organismo e despersonalizando a pessoa.
Tanto o plantio, como a importação, exportação e comércio das substâncias tóxicas, nada mais são facetas do tráfico de entorpecentes.
O ponto básico de toda a degradação moral e social dos toxicômanos, nada mais é do que o próprio traficante.
Enriquecem à custa das vicissitudes alheias, exploram a miséria e vivem sobre a degradação moral daqueles que imploram a manutenção do vício. Vão ao ponto de não permitir uma recuperação de quem quer que seja, indo da perseguição até às últimas consequências.
Seu campo de ação vai desde os portões de colégios, às praças públicas, portas de prisões, etc., sempre à espreita de uma nova vítima.
O traficante é um indivíduo frio, calculista, inteligente, ardiloso e insinuante, capaz de perceber o ambiente propício para sua investida e a predisposição psíquica de sua nova vítima.
Chega, às vezes, introduzir a droga sem fazer referência a ela, simplesmente ministrando-a como tratamento para um mal-estar da vítima, provocando, de conformidade com a natureza do entorpecente, o inicío de uma dependência física e/ou psíquica.
Encontrar um traficante, é uma tarefa árdua. Conseguem um perfeito sistema de proteção, com um serviço de informação, que faz inveja a própria polícia, na maioria das vezes com a participação de menores.
O traficante dificilmente entregará a "muamba" diretamente ao dependente. Sempre age indiretamente, daí a dificuldade do flagrante e da prisão.
Geralmente o traficante deixa a droga em local pré-estabelecido, que tanto pode ser uma carrocinha de sorvete, refrigerante, ou doce, como pode ser uma reentrância em um muro de edifício, ou simplesmente um ponto determinado nas areias de uma praia.
Exterminado o traficante, estaremos nos aproximando do ponto final de uma longa e irreparável escala de tóxicos.

As Drogas e o Crime


As drogas estão ligadas ao crime em pelo menos quatro maneiras:
1. A posse não-autorizada e o tráfico de drogas são considerados crimes em quase todos os países do mundo. Só nos Estados Unidos, a polícia prende por ano cerca de um milhão de pessoas por envolvimento com drogas. Em alguns países, o sistema judicial está tão lotado de processos criminais ligados às drogas que a polícia e os tribunais simplesmente não conseguem dar vazão.
2. Visto que as drogas são muito caras, muitos usuários recorrem ao crime para financiar o vício. O viciado em cocaína, por exemplo, talvez precise de uns mil dólares semanais para sustentar o vício. Não é para menos que os arrombamentos, os assaltos e a prostituição floresçam quando as drogas fincam raízes numa comunidade.
3. Outros crimes são cometidos para facilitar o narcotráfico, um dos mais lucrativos negócios do mundo. O comércio ilícito das drogas e o crime organizado são mais ou menos interdependentes. Para garantir o fluxo fácil das drogas, os traficantes tentam corromper ou intimidar as autoridades. Alguns têm até mesmo um exército particular. Os enormes lucros dos barões da droga também criam problemas. Sua fabulosa receita poderia facilmente incriminá-los se esse dinheiro não fosse "lavado". Assim, bancos e advogados são usados para despistar a movimentação do dinheiro das drogas.
4. Os efeitos da própria droga podem levar a atividades criminosas. Familiares talvez sofram abusos por parte de usuários de drogas crônicos. Em alguns países africanos afligidos pela guerra civil, crimes horríveis têm sido cometidos por soldados adolescentes drogados.

Como e por onde a cocaína entra no Brasil?*

Uma das mais escancaradas portas de entrada de cocaína no Brasil é o município de Tabatinga (AM), fronteira terrestre com a cidade colombiana de Leticia, onde há um radar instalado, mantido e protegido por fuzileiros navais norte-americanos. Tabatinga fica numa das margens do rio Solimões. Na outra, está o Peru. Essa área é chamada de Alto Solimões.
Do Pará, no norte do país, ao Paraná, no sul, uma extensa faixa fronteiriça brasileira é território livre para o ingresso de abundantes carregamentos de droga.
A tendência é, quanto mais acima (Pará, Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia) entra a cocaína, maior a chance de o seu destino ser o exterior. Se a porta for Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, haverá mais possibilidades de a escala final ser o mercado nacional. Isso é tendência, não a regra.
Relatório da Divisão de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal com o balanço de 1999 relaciona os veículos nos quais as drogas (fundamentalmente cocaína) provenientes do exterior foram apreendidas pelas autoridades brasileiras: aviões (70%), caminhões (15%), carros (10%) e ônibus (5%). Há transporte fluvial, pelos rios amazônicos, e marítimo, mas a polícia evita flagrar os traficantes na embarcação - deixa a droga seguir, para conhecer as conexões. Aí, então, intervém.
Uma das facilidades com que os traficantes brasileiros contam é a abundância de pistas de aviões cuja existência é omitida às autoridades aeronáuticas. No Pará, herança dos garimpos de ouro, há 3 mil anos. No estado de São Paulo, levantamento da Secretaria de Segurança contabilizou 366 "aeroportos clandestinos" em 166 cidades.
O espaço para pouso e decolagem de aeronaves carregadas de drogas, a rigor, não é necessário. As de pequeno e médio porte sobrevoam fazendas a baixa altitude e jogam os pacotes. É o padrão no interior de São Paulo.

Como e por onde a cocaína sai do Brasil?*


A cocaína segue para o exterior por via marítima e aérea. Os principais portos de saída são os de Santos e do Rio. Quantidade volumosa é embarcada, em alto-mar, em barcos que partem da região Norte, principalmente de Belém.
A mercadoria é levada às embarcações em aviões, que a jogam no oceano, de onde é recolhida. O Deprtamento de Estado dos EUA aponta os aeroportos de Guarulhos (SP), Antônio Carlos Jobim Galeão (RJ) e Porto Alegre (RS) como os mais usados para a saída de cocaína.
Nas operações robustas, a cocaína é acondicionada em contêineres, como fumo, frangos, soja, arroz, eletrônicos - tudo o que servir ao disfarce elaborado pelos traficantes.
O tráfico com "mulas", pessoas que levam consigo a mercadoria, responde pela saída de menos droga, mas envolve muita gente. A sofisticação dos truques é tamanha que roupassão engomadas com cocaína, que depois sai na lavagem. Método semelhante é usado com cabelo, pintado com loção impregnada com a droga.
O repertório é vasto. Usam-se latas, pranchas de surfe, pacotes amarrados no corpo. Até um padre com 11,5 quilos de pó sob a batina já foi flagrado. No Brasil, agem "mulas" de dezenas de nacionalidades.
Uma das variantes desse tipo de trabalho implica arriscar a vida, para receber de US$ 3 mil a US$ 5 mil por viagem: a droga viaja dentro de cápsulas ingeridas pelo passageiro. Se uma cápsula se rompe, o transportador pode morrer.
* "Texto extraído do livro Folha Explica O Narcotráfico, de autoria de Mário Magalhães. Publifolha (www.publifolha.com.br ), 2000."

- Aluno: Eduardo, nº6
- Postado por: Luciana!**

Controle de território

Hoje em dia, o ambiente internacional tem influência decisiva sobre o futuro da Amazônia. São essenciais temas como a presença militar americana na região, a militarização do combate à droga e a internacionalização de conflitos internos dos estados que fazem fronteiras com o Brasil.
O habitante do Sudeste tende a considerar a população e o território brasileiro como um tesouro, fácil de explora.Em geral, não tem consciência das vantagens de um território continental nem de uma grande população.
A Amazônia corresponde a sessenta por cento do território terrestre brasileiro, cerca de cinco milhões de quilômetros quadrados, enquanto é habitada por apenas cerca de onze por cento da população brasileira, que se concentram em dois centros urbanos, Belém e Manaus. Na Amazônia se encontram a mais extensa floresta tropical do mundo, a maior biodiversidade do planeta, o maior estoque de água doce, e recursos minerais. Ainda que em sua enorme maioria desconhecidos com precisão, pois apenas dez por cento do território amazônico foi mapeado geologicamente.
Na Amazônia se encontram 13.190 quilômetros de fronteira terrestre do Brasil, oitenta e cinco por cento do total das fronteiras brasileiras, que são nossos limites com seis países sul-americanos e com a França.
De seu lado, o Nordeste corresponde à mais antiga região habitada do território brasileiro onde vivem e sobrevivem, em condições de pobreza crônica, no semi-árido e em periferias urbanas miseráveis, cerca de vinte e dois por cento do povo brasileiro, em um território de dois milhões de quilômetros quadrados, cerca de 25% do território nacional, com um regime climático em grande parte semi-árido e com grande irregularidade pluvial, mas para cujos desafios há soluções menos complexas, inclusive pela ausência de interface com outros países.
Assim, apesar de todas as dificuldades da organização econômica do Nordeste, enfrentar o desafio amazônico talvez seja o mais complexo e mais urgente desafio para o Estado brasileiro e o desafio mais decisivo para o futuro da sociedade brasileira. Deveria, por isto, receber a atenção prioritária que não tem recebido.

16/maio/07 (AER) - Enquanto o Brasil se debate em meio a um virtual "apagão" do Estado nacional, o governo dos Estados Unidos, por intermédio da sua Agência de Desenvolvimento Internacional (USAID), delineia um "plano estratégico" para a ocupação efetiva de áreas críticas da Amazônia, onde a presença soberana dos Estados nacionais que compartilham a região é precária. A estratégia integra uma nova etapa do processo de "internacionalização" da Amazônia, subseqüente à já consolidada fase de demarcação de vastas reservas naturais e indígenas na região, em proporções muito superiores às recomendadas pelos interesses nacionais. Apenas no Brasil, as reservas indígenas ocupam quase 1,1 milhão de quilômetros quadrados, cerca de 13 % do território nacional, para pouco mais de 400 mil indígenas. Para comparação, toda a Região Sudeste, a mais populosa do País, com mais de 75 milhões de habitantes, não chega a 928 mil quilômetros quadrados.
Aproximadamente a metade dessa área está destinada a unidades de conservação biológica ou ambiental. Situações semelhantes ocorrem no Peru, Bolívia e Equador.
Lançada em junho de 2005 pela USAID, a Iniciativa para Conservação da Bacia Amazônica (ABCI, na sigla em inglês) não oculta o propósito de coordenar as ações de diversos grupos ambientalistas e indigenistas nacionais e estrangeiros, provendo-os dos recursos e instrumentos de "governança ambiental" para o controle efetivo da região. A intenção é recrutar povos indígenas, "populações tradicionais" e ONGs nacionais e estrangeiras, para criar uma rede que em nada difere de um exército de ocupação pós-moderno a serviço de um esquema de "governo mundial" controlado por grupos hegemônicos do Establishmen anglo-americano. Neste contexto, a ação da USAID vem reforçar financeiramente as intensas atividades de ONGs como o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), Survival Internacional, Conservation International, The Nature Conservancy e outras, financiadas tanto pela USAID como por agências governamentais do Canadá, Reino Unido, Holanda e outros países europeus, além de fundações familiares do Establishmen.

- Aluno: Ivan Seki (nº 8) e Jackeline (nº9)
- Postado por: Luciana*

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Militarização da Amazônia

Nossa presença militar nessa região vem do início do século XVII, quando os portugueses efetivamente passaram a desbravá-la e a consolidar sua posse.

Com o passar dos anos, o CMA cresceu de importância no cenário nacional e, hoje, engloba organizações militares de todas as armas e todos os serviços, participando do processo de consolidação da defesa do território nacional, haja vista guarnecer mais de 11 mil Km de fronteiras com sete países sul-americanos, fator que impõe ao CMA preocupação constante com o adestramento de seu contingente.
Conta, também, com organizações militares diretamente subordinadas que completam os meios necessários para o apoio ao Comando. Pode operar em conjunto com a Marinha, por meio do Comando Naval da Amazônia Ocidental, e com a Força Aérea, por intermédio do I e VII Comando Aéreo Regional. Com esses meios, o CMA pode projetar o poder militar em toda a área amazônica, em curtíssimo espaço de tempo, e sustentar o apoio logístico a grandes distâncias indefinidamente.


O CMA conhece as dificuldades presentes e, por isso não se afasta do legado de luta de seus predecessores e antepassados, para conquistar e manter esse imenso território amazônico para o Brasil, não medindo esforços para colaborar no seu desenvolvimento e na sua preservação. Todos os seus integrantes estão conscientes de que a missão de defender e preservar a Amazônia são árduos, porém dignificante.
Hoje, o Comando Militar da Amazônia enquadra um efetivo aproximado de 20 mil homens, numa área de responsabilidade que se estende pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, de Rondônia, Roraima e partes do Tocantins e Maranhão.



* Brasão do Comando Militar da Amazônia